22/10/2009

O verdadeiro vencedor esquece que está numa corrida, apenas ama correr.
As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho
-- Mário Quintana
Nenhuma pergunta é tão difícil de se responder quanto aquela cuja resposta é óbvia.
-- Bernard Shaw, escritor irlandês
Aquele que não pode perdoar destrói a ponte sobre a qual ele mesmo deve passar.
-- George Herbert, poeta inglês
Quem vive nas trevas não conseque ser visto, nem vê nada.
-- Kahlil Gibran
Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguêm que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem.
-- Kahlil Gibran
Aprendemos a voar como pássaros, e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.
-- Martin Luther King
As injúrias são as razões dos que não tem razão.
-- Jean-Jacques
Quanto mais você racionaliza, menos você cria.
-- Raymond Chandler
Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento saber o que ela não é.
-- Carl Jung

Volte, meu Filho!

A criança se rebela contra o pai que o aconselha desde pequeno: "Não faça isso!"
Um rapaz, mal atingira a idade suficiente, fugiu de casa, deixando seus pais em sobressalto. Andou por muitos lugares, perambulou como mendigo e arrependeu-se do mau passo. Achava agora que teria sido melhor ter seguido o conselho dos pais. Era enorme o seu sofrimento: fome, fadiga, armadilhas do mundo cruel. Voltar para casa, sim: era esse o seu desejo,mas como seria recebido?
Certo dia aproximou-se de uma igreja que estava em horário de culto. A congregação cantava um lindo hino do qual ele se lembrava muito bem. Relutou, aproximou-se da porta e o porteiro mostrou-lhe um lugar. Qual não foi, porém, a sua surpresa, ao ver ao lado do púlpito, um retrato seu, tamanho grande, com os dizeres: "Onde quer que estejas, e da forma que estiveres, volta, meu filho, porque teu pai, tua mãe e teus irmãos te aguardam com uma festa".
Tomou logo a decisão. Voltou para casa onde realmente a festa aconteceu. Mas estava intrigado. Perguntou ao pai como coincidira ter entrado naquela igreja onde estava o seu retrato. O pai explicou: Tinha mandado colocar o retrato em todas as igrejas daquela cidade.
"Mas o pai disse aos servos: Trazei depressa o melhor vestido, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés. E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto, e reviveu; Tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se" (Lc 15.22-24).

O Filho Morreu na Guerra

Uma senhora procurou o pastor de sua igreja. Estava desesperada. Recebera um telegrama do Exército, com uma medalha, anunciando que seu filho tinha morrido na Segunda Guerra Mundial.
- Pastor, não creio em mais nada. Tanto que eu orei pelo meu filho e o meu filho morreu na guerra! Por que Deus não guardou o meu filho? por quê?...
O pastor ficou penalizado com o estado de desespero da pobre mãe. Aconselhou-a a ser forte. Disse-lhe:
- Minha irmã, a guerra é produto da maldade dos homens. E existem milhares de pessoas morrendo na guerra. A senhora orou pelo seu filho. A igreja orou pelo seu filho. -A senhora crê que dos milhares de jovens que estão na guerra, possa existir alguém que não tenha um parente, um amigo orando por ele? Mas nós, os crentes, sabemos que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8.28).
"Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inexcrutáveis os seus caminhos!" (Rm 11.33b).

Vencido por Jesus

Ao se despedir de sua família para embarcar para os Estados Unidos, onde ia com o fim de enriquecer, Tsuquiama, ante apelos insistentes de sua família, prometeu:
- Sei que vou para um país cristão, mas nunca serei um deles, pois odeio o cristianismo.
Mas quando chegou à América, sozinho, Tsuquiama, triste com o budismo que abraçava desde criança, não pôde conter o ímpeto que teve de ler uma Bíblia que ganhara. As palavras de Jesus faziam um grande apelo ao seu coração, mas ele tinha prometido à sua mãe: - "Nunca serei um cristão. Eu odeio o cristianismo".
Mas teve a felicidade de ler Mateus 10.37: "Aquele que não renunciar pai e mãe não é digno de mim..."
Resolveu renunciar a tudo: pai, mãe, religião. Deixou tudo por amor de Cristo e, em abril de 1908, na igreja, levantou-se para confessar a Cristo como seu Salvador. Depois de 13 anos de ausência, em 1918, voltou ao Japão. Voltou como missionário, e teve a grande alegria de ver a sua família toda - um por um - render-se a Jesus.
"0 profundidade das riquezas, tanto de sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inexcrutáveis os seus caminhos!" (Rm 11.33).

Salvou o Menino do Incêndio

Um homem salvara um menino de um incêndio, onde pereceram os seus pais. Além de salvá-lo do fogo, tornou-se seu pai por adoção, em vista de sua orfandade. O garoto não se cansava de ouvir a mesma história repetida vezes e vezes pelo seu salvador, que no incêndio também perdera um braço.
O menino fez-se homem e continuava grande amigo de seu pai adotivo. Este costumava dizer:
- Se eu conquistei este jovem pelo meu braço queimado, muito mais Jesus conquistou os homens pela sua vida!
"Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3).

O Velho John Hartman

O velho pai dirigiu-se ao oficial no lugar onde se travara uma sangrenta batalha. Chamava-se John Hartman. Ele tinha um filho e o moço não voltara da batalha. Possivelmente estava morto. Mas o pai não se satisfez: não concordara com a explicação do oficial. Começou a procurar o filho querido. Anoitecia, e ele continuava procurando. Não enxergava mais senão os vultos, mas persistia na procura. Chamava-o pelo nome, que também era o seu próprio:
- John Hartman... John Hartman..., teu pai te procura...
Continuou gritando, e perdeu a noção do lempo: -John Hartman, meu filho..., teu pai te procura... Ouviu uma voz fraca responder ao apelo.
- Aqui estou, pai.
- Graças a Deus, - disse o velho.
Juntando sua reserva de forças, carregou aquele filho querido nos braços, levando-o para ser socorrido.
"Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso. E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida" (Lc 15.4-6).

O Grande Dom da Minha Mãe

"O otimismo é uma disposição alegre que permite que um bule de chá assobie apesar de estar com água quente até o nariz." - ANÔNIMO

Eu tinha dez anos de idade quando minha mãe teve paralisia, causada por um tumor na espinha dorsal. Antes disso ela havia sido uma mulher vibrante e vigorosa, de tal maneira ativa que a maioria das pessoas achava impressionante.
Mesmo quando era pequena, eu ficava admirada com suas realizações e por sua beleza. Porém, quando tinha trinta e um anos, sua vida mudou. Assim como a minha.
Do dia para a noite, parecia, ela passou a ficar deitada de costas em uma cama de hospital. Um tumor benigno a havia incapacitado, mas eu era jovem demais para compreender a ironia da palavra "benigno", pois ela nunca mais seria a mesma.

Ainda tenho imagens vívidas dela antes da paralisia. Ela sempre foi gregária e recebia muitas visitas. Com freqüência passava horas preparando canapés e enchendo a casa de flores, que colhia frescas no jardim cultivado ao lado da casa. Selecionava as músicas populares da época e rearrumava a mobília a fim de abrir espaço para que os amigos pudessem se entregar à dança. Na realidade, era minha mãe quem mais gostava de dançar.

Hipnotizada, eu a observava se vestir para as festividades noturnas. Mesmo hoje em dia ainda me lembro de nosso vestido favorito, com sua saia preta e corpete de renda azul-marinho, o contraste perfeito para seu cabelo louro. Fiquei tão emocionada quanto ela no dia em que trouxe para casa sapatos de salto alto de renda preta e, naquela noite, minha mãe certamente era a mulher mais bonita do mundo.

Eu acreditava que ela podia fazer qualquer coisa, fosse jogar tênis (ganhara campeonatos na universidade), costurar (fazia todas as nossas roupas), tirar fotografias (ganhou um concurso nacional), escrever (era colunista de um jornal) ou cozinhar (especialmente pratos espanhóis para meu pai).

Agora, apesar de não poder fazer nenhuma dessas coisas, ela encarava sua doença com o mesmo entusiasmo que tinha em relação a tudo o mais.

Palavras como "deficiente" e "fisioterapia" tornaram-se parte de um estranho mundo novo no qual entramos juntas, e as bolas de borracha para crianças que ela se esforçava para apertar adquiriram um simbolismo que jamais haviam possuído.
Gradualmente, passei a ajudar nos cuidados com a mãe que sempre cuidara de mim. Aprendi a cuidar do meu próprio cabelo - e do dela. Eventualmente, tornou-se rotina levá-la na cadeira de rodas até a cozinha, onde ela me ensinava a arte de descascar cenouras e batatas e como esfregar alho e sal e pedaços de manteiga em uma boa carne assada.

Quando, pela primeira vez, ouvi falarem em uma bengala, opus-me:

- Não quero que a minha linda mãe use uma bengala. Mas a única coisa que ela disse foi:

- Não é melhor você me ver andando com uma bengala do que não me ver andando de maneira alguma?

Cada conquista era um marco para nós duas: a máquina de escrever elétrica, o carro com câmbio e freio automáticos, sua volta à universidade, onde se diplomou em Educação Especial.

Ela aprendeu tudo o que podia sobre as pessoas com deficiências e acabou fundando um grupo ativista de apoio chamado Os Incapacitados. Certo dia, sem ter falado muito de antemão, ela me levou e a meus irmãos a uma reunião dos Incapacitados. Eu nunca vira tantas pessoas com tantas deficiências. Voltei para casa, silenciosamente introspectiva, pensando em como nós realmente tínhamos sorte. Ela nos levou muitas vezes depois disso e, eventualmente, a visão de um homem ou uma mulher sem pernas ou braços não nos chocava mais. Minha mãe também nos apresentou a vítimas de paralisia cerebral, enfatizando que a maioria era tão inteligente quanto nós, talvez mais. E nos ensinou a nos comunicarmos com os retardados mentais, mostrando como eles eram freqüentemente mais afetuosos, comparados às pessoas normais. Durante tudo isso, meu pai continuou a amá-la e apoiá-la.

Quando eu estava com onze anos, minha mãe me contou que ela e papai iriam ter um bebê. Muito depois, eu soube que seus médicos tinham insistido para que ela fizesse um aborto (terapêutico) - uma opção à qual ela resistiu veementemente.

Logo, éramos mães juntas, já que virei mãe adotiva de minha irmã, Mary Therese.

Em pouquíssimo tempo aprendi a trocar fraldas, banhá-la e alimentá-la. Ainda que mamãe tenha mantido a disciplina maternal, para mim foi um passo gigantesco além da brincadeira com bonecas.

Um momento se destaca mesmo hoje em dia: o dia em que Mary Therese, na época com dois anos, caiu e esfolou o joelho, abriu-se em prantos e passou correndo pelos braços estendidos de minha mãe para os meus. Tarde demais, eu vislumbrei a faísca de dor no rosto de mamãe, mas tudo o que ela disse foi:

- É natural que ela corra para você, pois você toma conta dela tão bem...

Como minha mãe aceitava sua condição com tanto otimismo, raramente me senti triste ou ressentida. Mas nunca irei esquecer o dia em que minha complacência foi destruída.

Muito tempo depois da imagem de minha mãe em salto agulha ter se dissipado da minha consciência, houve uma festa em nossa casa. A essa altura eu era adolescente, e vi minha sorridente mãe sentada na lateral, olhando seus amigos dançarem, e fui atingida pela cruel ironia de suas limitações físicas. Subitamente, fui transportada de volta à época de minha primeira infância e a visão de minha mãe dançando radiante estava novamente diante de mim.

Imaginei se mamãe se lembraria também. Espontaneamente, andei em sua direção e então vi que, apesar de estar sorrindo, seus olhos estavam marejados de lágrimas.

Corri para fora do aposento e para o meu quarto, enterrei meu rosto no travesseiro e chorei copiosamente - todas as lágrimas que ela jamais chorara. Pela primeira vez, eu me enraiveci contra Deus e contra a vida e suas injustiças para com a minha mãe.

A lembrança do sorriso brilhante de minha mãe permaneceu comigo. Daquele momento em diante, enxerguei sua habilidade de superar a perda de tantas batalhas anteriores e seu ímpeto em olhar para a frente - coisas que eu tomava por certas - como um grande mistério e uma poderosa inspiração.

Quando eu estava crescida e comecei a trabalhar com o sistema penal, mamãe se interessou em trabalhar com os prisioneiros. Ela telefonou para a penitenciária e pediu para dar aulas de Redação Criativa para os detentos. Lembro-me de como eles se amontoavam em volta dela sempre que ela chegava e pareciam se agarrar a cada palavra sua, como eu fizera na infância.

Mesmo quando não podia mais se deslocar até a prisão, ela freqüentemente se correspondia com vários detentos.

Um dia pediu-me para enviar uma carta para um prisioneiro, ''Waymon”. Perguntei se poderia lê-la antes e ela concordou, sem perceber, eu acho, o quanto aquilo seria revelador para mim.

Dizia:

"Querido Waymon,

Quero que saiba que tenho pensado em você com freqüência desde que recebi sua carta. Você mencionou como é difícil estar preso atrás das grades e meu coração se une ao seu. Mas quando você disse que eu não imagino o que é estar na prisão, senti-me compelida a dizer-lhe que está errado.

Existem diferentes tipos de liberdade, Waymon, diferentes tipos de prisões. Às vezes, nossas prisões são auto-impostas.

Quando, com a idade de trinta e um anos, levantei-me um dia para descobrir que estava completamente paralisada, senti-me em uma armadilha - dominada pela sensação de estar presa dentro de um corpo que não mais me permitiria correr através de uma campina, dançar ou carregar minha filha nos braços.

Fiquei deitada ali durante muito tempo, lutando para chegar a um acordo com minha enfermidade, tentando não sucumbir em autopiedade. Perguntei-me se, na verdade, valeria a pena viver nessas condições, se não seria melhor morrer.

Pensei a respeito desse conceito de prisão, pois me parecia que havia perdido tudo o que importava na vida. Eu estava próxima do desespero.

Mas, então, um dia me ocorreu que, na realidade ainda havia opções abertas para mim e que eu tinha a liberdade de escolher entre elas. Será que eu iria sorrir quando visse meus filhos de novo, ou iria chorar? Iria zangar-me em Deus, ou iria pedir que Ele fortalecesse minha fé?

Em outras palavras, o que eu iria fazer com o livre-arbítrio que Ele havia me dado e que ainda era meu?

Tomei a decisão de lutar, enquanto estivesse viva, para viver o mais plenamente possível, para procurar tornar minhas experiências aparentemente negativas em experiências positivas, procurar formas de transcender minhas limitações físicas expandindo minhas fronteiras mentais e espirituais.

Eu podia escolher entre ser um exemplo positivo para meus filhos ou podia murchar e morrer emocional assim como fisicamente.

Existem muitos tipos de liberdade, Waymon. Quando perdemos um tipo de liberdade, temos que simplesmente procurar por outro. Você e eu somos abençoados com a liberdade de escolher entre bons livros, que iremos ler, quais deixaremos de lado.

Você pode olhar para as suas grades ou pode olhar através delas. Você pode ser um exemplo para prisioneiros mais jovens ou pode se misturar com os encrenqueiros.

Você pode amar a Deus e buscar conhecê-lo ou pode virar as costas para Ele. Até certo ponto, Waymon, estamos nisso juntos. "

Quando finalmente terminei de ler a carta, minha visão estava borrada pelas lágrimas. Ainda assim, pela primeira vez, eu enxerguei minha mãe com clareza.

E eu a entendi.

MARIE RAGGHIANDI

Criando Raízes

"Nossa força vem de nossas fraquezas".
RALPH WALDO EMERSON


Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse conhecido. Todas as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu - velho, amarrotado e bastante gasto.

Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam.

Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.

O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do "sem sofrimento não há crescimento". Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional. Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início.

Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas.

Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou!

Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore.

O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Saí de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos.
Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.

Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois
anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. Árvores maricas.

Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranqüilidade nunca conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles.

Freqüentemente rezo por eles. Rezo principalmente para que tenham vidas fáceis. "Senhor, poupe-os do sofrimento." Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração.

Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meu filhos irão encontrar dificuldades e minha oração para que isto não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.

Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou rezar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno.

Muitas vezes rezamos por tranqüilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar.

O que precisamos fazer é rezar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para
que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.

PHILIP GULLEY

13/10/2009

O Jovem sobre o Muro

Para quem fica em cima do muro...

Havia um grande muro separando dois grandes grupos.
De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus.
Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus.
E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo.
O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:

- Ei, você - desce do muro agora... Vem pra cá!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada.
Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar à Satanás:

- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês?

Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:

- É porque o muro é MEU.

Nunca se esqueça: Não existe meio termo.

O muro já tem dono.
Faça sua escolha!!!

Que Música Tocava?

Uma lista completa com as principais músicas nacionais e internacionais do ano que você quiser. Você pode ouvir a música do ano em que nasceu, por exemplo.

Boa ilustração para aniversários de casamento ou nascimento, bem como pode ser utilizada em dinâmicas e gincanas.

Planetarei - Que Música Tocava?

Como se Educa sem Violência

O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do MK Gandhi Institute, contou a seguinte história sobre a vida sem violência, na forma da habilidade de seus pais, em uma palestra proferida em junho de 2002 na Universidade de Porto Rico.
"Eu tinha 16 anos e vivia com meus pais, na instituição que meu avô havia fundado, e que ficava a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul. Vivíamos no interior, em meio aos canaviais, e não tínhamos vizinhos, por isso minhas irmãs e eu sempre ficávamos entusiasmados com a possibilidade de ir até a cidade para visitar os amigos ou ir ao cinema.

Certo dia meu pai pediu-me que o levasse até a cidade, onde participaria de uma conferência durante o dia todo. Eu fiquei radiante com esta oportunidade. Como íamos até a cidade, minha mãe me deu uma lista de coisas que precisava do supermercado e, como passaríamos o dia todo, meu pai me pediu que tratasse de alguns assuntos pendentes, como levar o carro à oficina.
Quando me despedi de meu pai ele me disse: "Nos vemos aqui, às 17 horas, e voltaremos para casa juntos". Depois de cumprir todas as tarefas, fui até o cinema mais próximo. Distraí-me tanto com o filme (um filme duplo de John Wayne) que esqueci da hora. Quando me dei conta eram 17h30. Corri até a oficina, peguei o carro e apressei-me a buscar meu pai. Eram quase 6 horas. Ele me perguntou ansioso: "Porque chegou tão tarde?" Eu me sentia mal pelo ocorrido, e não tive coragem de dizer que estava vendo um filme de John Wayne. Então, lhe disse que o carro não ficara pronto, e que tivera que esperar. O que eu não sabia era que ele já havia telefonado para a oficina. Ao perceber que eu estava mentindo, disse-me: "Algo não está certo no modo como o tenho criado, porque você não teve a coragem de me dizer a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado a você. Caminharei as 18 milhas até nossa casa para pensar sobre isso". Assim, vestido em suas melhores roupas e calçando sapatos elegantes, começou a caminhar para casa pela estrada de terra sem iluminação. Não pude deixá-lo sozinho...guiei por 5 horas e meia atrás dele...vendo meu pai sofrer por causa de uma mentira estúpida que eu havia dito.

Decidi ali mesmo que nunca mais mentiria. Muitas vezes me lembro deste episódio e penso: "Se ele tivesse me castigado da maneira como nós castigamos nossos filhos, será que teria aprendido a lição?" Não, não creio. Teria sofrido o castigo e continuaria fazendo o mesmo. Mas esta ação não-violenta foi tão forte que ficou impressa na memória como se fosse ontem. Este é o poder da vida sem violência".

Nota: já havia lido antes esta ilustração, mas com outras autorias. Caso você tenha certeza de quem escreveu, mudo a autoria.

09/10/2009

A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la.
Bob Marley
Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes.
Gilbert Keith Chesterton, escritor inglês
Quando você precisa tomar uma decisão e não toma, está tomando a decisão de não fazer nada.
William James
Jamais se desespere em meio às mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda.
Provérbio chinês
A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é, ou melhor, apesar daquilo que você é.
Victor Hugo
"Deus é forte,
Ele é grande,
e quando Ele quer
não tem quem não queira."
Ayrton Senna da Silva
"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."
Aristóteles
"Trata os teus superiores sem lisonjas e os teus subalternos sem desprezo."
Confúcio
"A ansiedade nada mais é do que a tensão entre o agora e o depois..."
C. G. Jung
"Estilo é a deficiência que faz um sujeito escrever sempre do mesmo jeito."
Mário Quintana
"Todas as grandes idéias são perigosas."
Oscar Wilde
"Todas as pessoas charmosas, eu imagino, são mimadas. Este é o segredo de sua atração."
Oscar Wilde
"Nenhum homem é rico o suficiente para comprar o seu passado."
Oscar Wilde
"Amar e reconhecer os defeitos dos que a gente ama; odiar e reconhecer as boas qualidades dos que a gente odeia; eis duas coisas bem raras sob o céu."
Confúcio
"Há três espécies de amizade que são rendosas e três prejudiciais. A amizade com os sinceros, a amizade com os constantes e a amizade com os espertos são vantajosas. A amizade com os falsos, a amizade com os aduladores e a amizade com os tagarelas são prejudiciais."
Confúcio
"Saúda aquela criança que passa, será talvez uma homem; saúda-a duas vezes, será talvez um grande homem."
Confúcio

08/10/2009

O Lenhador e a Raposa

Existiu um Lenhador que acordava as 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.
Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do Lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem; e portando, não era confiável.
Quando ela sentisse fome comeria a criança.
O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
Os vizinhos insistiam:
- "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho."
- "Quando sentir fome, comerá seu filho ! "
Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários - ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada ... o Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa ...
Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta ...
O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.

Se você confia em alguém e já orou e perguntou a Deus sobre isto e Ele confirmou , não importa o que os outros pensem a respeito e siga sempre o que diz seu coração , pois é lá que o Senhor vai falar e lhe mostrar . Não se deixe influenciar ...

A Mesa do Velho Avô

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, e a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante.
A família comeu junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa. A bagunça irritou fortemente seu filho e nora:

"Nós temos que fazer algo sobre o Vovô," disse o filho.
"Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão".

Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala.

Lá , Vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar.

Desde que o Avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira. Quando a família olhava de relance na direção do Vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só.

Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.

O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança, "O que você está fazendo? "Da mesma maneira dócil , o menino respondeu: " Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para Você e Mamãe comerem sua comida quando eu crescer." O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar.
As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos.

Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Aquela noite o marido pegou a mão do Vovô e com suavidade o conduziu para a mesa familiar.
Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado.

Perfume disfarça a hipocrisia?

Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O homem comprou um pastor alemão.

Papo de vizinho:
- Mas ele vai comer o meu coelho.
- De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum.
E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram.

Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes.
Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso na sexta-feira.

No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, claro, morto. Quase mataram o cachorro.

- O vizinho estava certo. E agora?
- E agora eu quero ver!
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso.
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora? Todos se olhavam.
O cachorro chorando lá fora, lambendo as pancadas.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- Cala a boca!
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível.
- Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e colocamos na casinha dele no quintal. Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim o fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho cardíaco. Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar.

Notam os gritos das crianças, Descobriram! Não deram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho...o coelho....
- O que tem o coelho?
- Morreu!

Todos:
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem..
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes de a gente viajar as crianças o enterraram no fundo do quintal!

A Flor da Honestidade

Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula :
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu :
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio :
- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se
preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.

Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que,independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor
- Que esta nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam , possamos ser luz para aqueles que nos cercam .

- Aproveitem e leiam : Ef 5.9 ( pois o fruto da luz está ....) e Mt 5.16 (Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para ...)

O Bom Pastor Não Desiste

Se um homem tiver cem ovelhas, e uma se desviar e se perder, que fará ele? Não deixará as outras noventa e nove, e sairá pelos montes em busca da perdida? S. Mat. 18:12 (A Bíblia Viva).

Louis Pasteur, o famoso microbiologista francês que descobriu que a maioria das doenças é causada por germes, dedicou-se à busca do conhecimento. Cria, entretanto, na existência de valores espirituais que transcendem a ciência.

Em 1849, Pasteur casou-se com Marie Laurent, uma de suas assistentes de laboratório. Tiveram cinco filhos. Três morreram na infância. Dezenove anos mais tarde, ele sofreu uma lesão vascular cerebral por excesso de trabalho e ficou parcialmente paralisado.

Quando estourou a guerra franco-prussiana em 1870, o único filho de Pasteur, Jean Batiste, foi convocado para servir seu país e envolveu-se na catastrófica derrota do exército francês em Metz. Depois de semanas sem receber notícias do rapaz, Pasteur deixou seu agora famoso laboratório em Paris e foi procurá-lo. A despeito de sua paralisia parcial, Pasteur seguiu mancando na direção norte à procura do filho. As estradas estavam congestionadas com soldados derrotados e errantes. A jornada foi árdua, mas depois de muitas perguntas Pasteur localizou a unidade de seu filho. Um oficial contou-lhe então a desanimadora notícia: de um grupamento original de 1.200 homens, menos de 300 haviam sobrevivido.

Mas Pasteur não desistiu. Continuou avançando por estradas cheias de cavalos mortos e homens sofrendo de frio enregelante e gangrena. Chegou finalmente ao local onde um soldado estava enrolado até os olhos num sobretudo pesado; mal podia ser reconhecido em seu estado de definhamento. Era Jean Batiste! Pai e filho, comovidos demais para falar, abraçaram-se em silêncio.

Na guerra entre as forças do bem e do mal, muito filho, muita filha já sofreu derrotas catastróficas nas mãos do inimigo das almas. E muitos, como o filho de Pasteur, mal podem ser reconhecidos por causa dos estragos do pecado. Alguns cristãos professos, até mesmo pais, talvez creiam que esses filhos errantes se encontrem além da esperança. Mas mesmo que eles se esqueçam (ver Isa. 49:15), o Bom Pastor e os pais fiéis nunca se esquecerão, mesmo que por vezes tenham de administrar um amor severo.

Ostra e Pérolas

Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas. As pérolas são feridas curadas. Pérolas são produto da dor, resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar.

Quando um grão de areia penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já recebeu os duros golpes da indiferença? Então, produza uma pérola. Cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com várias camadas de amor.

Destaque

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